Na semana passada eu passei por um momento bem desagradável, fiquei realmente "possessa", mas como eu já disse o comportamento humano nos surpreende.
Resumindo bem os fatos eu estava em trajes caseiros, aquele que no máximo vamos até o portão, e uma pessoa passando na rua me viu e perguntou: "A patroa está em casa?". Sabe aquela sensação de Matrix, quando a bala passa perto de você em câmera lenta? Bom, foi isso que senti. Nem preciso dizer que eu estava dentro da minha casa quando houve esse ocorrido, porque para bom entendedor meia palavra basta. E para quem me conhece 1/4 de palavra basta.
Não sei de onde tirei forças para dizer: " O senhor quer dizer, minha mãe?".
Aji com classe. Mas, não com menos raiva.
Na verdade contar essa história me dói. Sei que é bizarro levar isso a sério, porém eu tomo tanto cuidado para não cometer erros grosseiros, aí vem um cidadão desse e tira o meu chão.
E não foi o primeiro.
Acho que o assunto preconceito é bem chato e massante. Tendo em vista que é possível encontrar no meu DNA, e de tantos outros "negros", traços étnicos mais alvos que no da família de um albino de origem negra.
Nem sei se o que eu falei é possível, mas acredito que entenderam a comparação.
Me orgulho de quem sou, porém sempre tem alguém que me faz ficar em dúvida.
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